Manaus vive uma epidemia que pode matar qualquer um de nós, a qualquer momento, em qualquer lugar.
A doença do trânsito assassino. Neste fim de semana, duas pessoas perderam a vida vítimas de “racha” na Avenida do Turismo.
Até outubro deste ano, foram 200 mortes no trânsito em Manaus.
Motoristas de veículos de passeio, caminhões, motos e pedestres travam uma guerra sem fim. A morte do empresário Odorico Manoel Freitas, e da jovem Yasmim Marques, 19 anos, expõem as vísceras do descontrole de um sistema que visa punir, mas não educar.
Ter uma CNH não significa ser um motorista qualificado.
Quem será o próximo a perder a vida? Mais um pai de família, como Odorico, mais uma moça com toda a vida pela frente, como Yasmin?
A roleta russa não avisa, mas os sinais de que algo precisa ser feito são bem evidentes. E não é apenas esperar pelas autoridades,.
O trânsito é feito de pessoas comuns.
Motoqueiros sobem sobre calçadas, caminhoneiros confiam no tamanho de seus caminhões e se jogam sobre veículos menores, condutores querem chegar antes de todo mundo a seus destinos e aceleram mais do que a via permite.
Tem pedestre morrendo na faixa, tem mãe de família que morreu na calçada esperando o ônibus.
Ou todo mundo toma consciência do que está fazendo de errado, ou vamos continuar vendo mais Odoricos e Yasmins morrendo todos os dias.
E o próximo pode ser inclusive você, que está lendo esse artigo, agora.

