Manaus – Trabalhadores da saúde voltaram a Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM) nesta terça-feira (10) para reivindicarem benefícios atrasados. A manifestação foi silenciada quando os trabalhadores receberam um ‘cala boca‘ e não puderam se manifestar na sessão plenária.
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Trabalhadores da saúde são impedidos de falar na ALE-AM
Os trabalhadores da saúde retornaram à Casa Legislativa para cobrarem dos deputados estaduais um posicionamento sobre os benefícios que estão há meses atrasados.
O “cala boca” aconteceu após o líder da manifestação Denison Vilar, interromper uma entrega de brinquedos e pedir agilidade aos deputados para ouvirem as demandas que os trabalhadores da saúde precisavam. Após esse pedido os parlamentares decidiram que os manifestantes não teriam mais direito de fala durante a sessão plenária. Confira o vídeo.
O que relata os responsáveis do movimento
Os trabalhadores da saúde foram até a Casa Legislativa do Amazonas reivindicar um posicionamento dos 24 deputados estaduais. A manifestação é para que esses servidores tenham seus benefícios atrasados pagos pelo governador Wilson Lima (União Brasil).
O Núcleo Investigativo do PAB, conversou com o líder do movimento ‘Todos pela Saúde’ Denison Vilar, que afirmou que o governo deu um “cala boca” aos trabalhadores pois teria chamado alguns empresários e lideranças para negociar.
“Na verdade o governo já deu parcialmente um cala boca chamou algumas lideranças, alguns empresários para negociar e acha que vão calar a boca dos trabalhadores. O que a gente precisa é que todos os dias do ano, os trabalhadores sejam honrados com seus salários todo dia quinto do mês“, disse.
“Tem trabalhadores que estão sem receber transportes, sem auxilio alimentação, que estão um mês ou quase oito meses sem receber salários irá atender natal e ano novo? Você cidadão vai padecer por conta dessa casa legislativa que não faz o seu trabalho de fiscalizar o executivo“, afirmou Vilar.
Presidente do sindicato dos médicos afirma que saúde vive a pior fase
A nossa equipe de reportagem conversou com o médico Mário Vianna que é presidente do sindicato dos médicos do Amazonas (Simeam), que afirma que a saúde do Estado vive a sua pior fase, pois falta segundo ele tudo nas unidades de saúde.
“A saúde vive hoje, a sua pior fase. Falta tudo nas unidades de saúde, falta sabão e papel para lavar e enxugar as mãos, falta medicação de alta complexidade, falta exames, falta estruturas, falta tudo nas unidades de saúde“, esclareceu o presidente.
“Eu não tenho mais paciência de lidar com o governo corrupto, mal caráter e que quer assassinar o povo. Colocar a culpa de uma qualidade abaixo do que deveria ser de alguma unidade de saúde sendo do 28 de Agosto ou do Instituto da Mulher nos profissionais, é covardia, criminoso é nojento. Por que esses profissionais estão sem receber, e não tem as condições mínimas de trabalho. Tome vergonha governador, tome vergonha secretária de saúde, eu não consigo mais tratar num nível de calma total é absurdo o que está acontecendo no Amazonas“, relatou Vianna.