Sábado, 14 Setembro

Através do Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM) o governador do Amazonas, Wilson Miranda Lima (União Brasil), contratou a empresa Trivale Instituição de Pagamento LTDA por R$ 36 milhões de reais para realizar a administração, gerenciamento, emissão e fornecimento de auxílio-alimentação.

O contrato foi publicado no diário oficial do Amazonas no início deste mês e quem assinou foi o diretor presidente do Detran, Wendell Waughan Monteiro. A validade do contrato é de 5 anos e a empresa receberá do estado mensalmente R$ 600 mil reais.

Ligações com Cachoeira

De acordo com site do Senado, Egton de Oliveira Pajaro Júnior que já apareceu no quadro societário da Trivale foi sócio do famoso Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira condenado por corrupção ativa e vários outros crimes.

A Polícia Federal de Brasília descobriu que Egton Pajaro ganhou entre 30 a 40 prêmios na loteria. As investigações apuravam se o empresário estaria lavando dinheiro por meio de prêmios supostamente ganho por ele em diversas loterias do Brasil.

Em 2011, o Ministério Público Federal, em Minas Gerais, denunciou Egton e seus sócios Fábio José e Cláudio Roberto Pajaro pelo crime de lavagem de dinheiro. A suspeita é que eles tenham fraudado os bilhetes de loteria para lavar dinheiro. Entre 1996 e 2003, Pajaro e seus irmãos receberam 320 prêmios lotéricos.

Investigação do MP-AM

Essa mesma empresa já foi alvo de investigações do Ministério Público do Amazonas (MPAM). Em 2021, o MP abriu um inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na contratação de empresa para fornecimento de ticket alimentação na forma de Cartão Eletrônico. Mesmo diante das apurações do Ministério Público, Wilson Lima contratou novamente a empresa por meio milhão para prestar os mesmos serviços que o ministério apurava irregularidades.

Propina no Detran-AM

Em julho, o Núcleo de Investigação do Portal do Alex Braga mostrou com exclusividade que o ex-diretor possivelmente orquestrava um esquema de contratos fraudulentos dentro da sede do órgão.

O documento aponta ainda, que em contratos firmados eram negociados 30% de propina entre a empresa contratada e os representantes do Detran-AM.

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Silêncio de Wilson

Nossa equipe solicitou mais uma vez explicações sobre os contratos suspeitos firmados na gestão de Wilson, porém novamente não recebemos respostas.