Sábado, 14 Setembro

Manaus – Em uma reviravolta do caso CEMA, o Núcleo Investigativo do Portal do Alex Braga traz uma nova informação, desta vez, a Central de Medicamentos do Amazonas pagou para a empresa Mapemi Brasil o valor global de R$ 55.030.092,48 (cinquenta e cinco milhões, trinta mil, noventa e dois reais e quarenta e oito centavos), em quinhentos mil unidades de soro glicosado, que segundo informações da denúncia não é utilizado com frequência nos hospitais e que o depósito da Central não teria espaço para armazenar essa quantidade tão exorbitante.

Foto: Pagamentos CEMA para Mapemi (soro)
Foto: Pagamentos CEMA para Mapemi (soro)

Com a entrada da nova empresa Mapemi Brasil, o valor do suposto desfalque no suposto esquema na Cema o valor passa de R$ 118 milhões para R$ 176.575.577,48 (cento e setenta seis milhões, quinhentos e setenta e cinco mil, quinhentos e setenta e sete reais e quarenta e oito centavos) de acordo com documentos que nossa equipe teve acesso com exclusividade.

De acordo com documentos que o Portal do Alex Braga, teve acesso, o suposto esquema deu início em agosto do ano passado, e é comandado por um aliado do governador Wilson Lima (UB). Nos documentos é possível constatar a suspeita de como funcionaria o suposto esquema milionário, que movimenta a Secretaria de Saúde (SES-AM), pela Central de Medicamentos do Amazonas (Cema).

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Quinta empresa: Mapemi Brasil

A empresa Mapemi Brasil Médicos e Odontológicos com CNPJ: 84.487.131/0001-35, foi fundada em maio de 1993, com a capital social de R$ 7.500.660,00 (sete milhões, quinhentos mil e seiscentos e sessenta reais) a razão social social com nome Mapemi Brasil LTDA, localizada na avenida Pedro Teixeira, bairro Dom Pedro 1, zona Centro-Oeste da capital amazonense. Sua atividade principal, conforme a Receita Federal é o comércio atacadista de medicamentos e drogas de uso humano.

RC: Mapemi Brasil/ Cema

RC: Mapemi Brasil/ Cema

Em seu quadro de sócios aparecem os nomes de Valter Alves de Campos e Claudio Alberto Felsenthal.

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O suposto esquema funciona assim:

A Central de Medicamentos solicita das empresas os produtos, as empresas fazem o empenho do que foi pedido, depois emitem a nota fiscal (ainda sem entregar os produtos e insumos), essa nota entra no sistema de pagamentos da Secretaria de Saúde [Central de Medicamentos] e o pagamento é realizado em tempo hábil. Esse movimento se torna suspeito por causa da celeridade no processo de emissão de nota e quantidades solicitadas de produtos. As notas de empenho seguem o mesmo padrão de valores: entre 500 mil a mais de 1 milhão.

Nossa equipe apurou a rotina dessa jornada: Normalmente os pagamentos são realizados antes da chegada dos produtos e insumos à Central de Medicamentos do Amazonas. O trajeto é via terrestre e leva em torno de 45 a 90 dias para chegar ao Estado, porém, por conta do suposto esquema, esse tempo é ignorado.

O levantamento de todas as suspeitas se dá pelo volume de produtos que são pagos. Ainda a quantidade de produtos e insumos ultrapassam a capacidade física do depósito da Central de Medicamentos.

Conforme informações repassadas à equipe, seriam necessários três complexos da Central de Medicamentos para armazenar tantos produtos e insumos, que informam as notas.

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Envia sua denúncia ou sugestão para a nossa linha direta por meio do número (92) 98144-6017.