Cassado três vezes, o governador Antônio Denarium terá de se apresentar nesta terça-feira ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 18h, onde o processo dele chega ao momento decisivo. Na tentativa desesperada de se manter no poder, o político recorreu aos aliados do Congresso Nacional para pressionar o ministros Alexandres de Moraes.
Uma fonte do Portal Alex Braga disse que a pressão é grande em Brasília por parte dos políticos aliados de Antônio Denarium (PP). Quem comanda a articulação é o senador Dr. Hiran (Progressistas), médico que tem contratos com a atual gestão e nunc denunciou os escândalos que levaram Denarium a três cassações no TRE de Roraima.
“Há uma interlocução do senador Hiran, principal interlocutor trabalhando fortemente para reverter a decisão do TRE de Roraima, em especial ao Columbre e ao Artur Lira”. Mas o clima entre os aliados de Denarium é de pessismo.
No ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) cassou o mandato de Denarium e de seu vice, Edilson Damião (Republicanos), por entender que houve ilegalidade na distribuição de cestas básicas e benefícios para reforma de casas durante o ano eleitoral. Com a cassação, o tribunal determinou a realização de novas eleições.
CARGOS IMPORTAM
Artur Lira tem interesse total na salvação de Denarium, já que tem a esposa contratada na representação de Roraima em Brasília. Ângela Lira, é a secretaria adjunta da Secretaria de Estado de Representação de Roraima em Brasília (SERBRAS). Pasta cuja titular é Gerlane Baccarin, esposa do senador Hiran Gonçalves.
O QUE PESA CONTRA DENARIUM
A ação contra Denarium é de autoria da coligação “Roraima Muito Melhor”, da ex-prefeita de Boa Vista Teresa Surita (MDB). Na ação Denarium é acusado pela coligação de Teresa Surita de repaginar o programa “Cesta da Família” em pleno ano eleitoral.
Com distribuição de cestas básicas ou de um cartão com crédito mensal de R$ 200 – criando, na prática, um novo programa social em pleno calendário eleitoral, o que é proibido pela Lei das Eleições.
Pesam contra ele no processo de abuso de poder:
- Reforma de casas pelo programa “Morar Melhor”, em 2022 — ano de eleição;
- Dar cestas básicas em ano de eleição;
- Transferência um total de R$ 70 milhões para prefeitos do interior no ano de eleição;
- Promover a própria imagem;
- Gastos exorbitantes com publicidade institucional.
Roraima é o menor colégio eleitoral do país, com apenas 366 mil pessoas aptas a votar. A expectativa nos bastidores é a de que a relatora, ministra Isabel Gallotti, vote pela cassação e seja acompanhada pela presidente do TSE, Cármen Lúcia.