Em meio às investigações na Justiça Eleitoral e no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) da qual é alvo o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foi até o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes.
O futuro de Moro está com placar empatado: 1 a 1. O encontro ocorreu na terça-feira (2) e durou cerca de 1 hora.
No encontro, Mendes contou ter dito a Paulo Guedes, ex-ministro da Economia de Jair Bolsonaro (PL), que um dos poucos méritos do governo anterior foi ter tirado Moro da 13ª Vara Federal de Curitiba.
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Mendes disse ainda que Moro e o então procurador da República Deltan Dallagnol, que atuava na Operação Lava Jato, atuavam em conjunto e que não precisava ver o vazamento das mensagens trocadas pelos dois (no que ficou conhecido como Vaza Jato) para saber que “roubavam galinha juntos”.
Ao fim, Mendes recomendou que Moro aproveitasse o tempo no Senado para estudar .”A biblioteca do Senado é excelente”, disse o ministro do STF ao senador.
Calúnia de Moro
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, defende desde o ano passado a denúncia apresentada contra o senador Sergio Moro (União-PR) pelo crime de calúnia.
O caso envolve um vídeo divulgado nas redes sociais em que Moro aparece em uma conversa com pessoas não identificadas. Durante o diálogo, o parlamentar afirma: “Não, isso é fiança, instituto…para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.
A denúncia foi motivada por uma representação feita pelo advogado de Mendes. Após o surgimento do vídeo, Lindôra denunciou o senador ao Tribunal Federal (STF).
Em nova manifestação enviada ontem (29) ao STF, a vice-procuradora reafirmou que as declarações do senador não estão acobertadas pela imunidade parlamentar.
“A denúncia proposta expõe que o denunciado afirmou livre, consciente e ciente da inveracidade de suas palavras, durante evento em dia, hora e local não sabidos na presença de diversas pessoas, acusando falsamente o ministro do Supremo Tribunal Federal de comercializar, no exercício da função jurisdicional, decisão judicial concessiva de habeas corpus“, afirmou a procuradora.