Na última terça-feira (27/02), alguns movimentos políticos e sociais de esquerda definiram um ato nacional nas 27 capitais brasileiras, onde devem pedir pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A manifestação está prevista para o dia 23 de março.
Dois dias após o ato promovido pela direita, que levou 750 mil pessoas para a avenida Paulista em favor de Bolsonaro, a oposição resolveu organizar uma movimentação contra o ex-presidente.
Durante as manifestações, está programada a leitura de uma carta que defende a prisão de Bolsonaro e de seus aliados envolvidos na operação da Polícia Federal, de acordo com o coordenador-geral do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Rud Rafael.
Após reunião dos movimentos, Rud concedeu entrevista ao Estadão.
“A prisão de Bolsonaro precisa ser feita em decorrência das investigações. A gente quer que seja concluída o mais rápido possível”, declarou o líder.
“As provas já estão colocadas e a gente quer que haja o julgamento para que tenha a punição para ele e para todos que tiveram envolvimento com essa tentativa de golpe”, afirmou Rud Rafael.
Motivo da Manifestação
Entre as pautas que devem ser abordadas na manifestação estão o pedido de prisão de Bolsonaro e dos demais investigados pela Polícia Federal, além do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Os organizadores afirmam que os movimentos expressarão solidariedade ao povo palestino e exigirão o fim do conflito na região.
Apesar de as manifestações estarem planejadas para as 27 capitais brasileiras, os organizadores afirmaram que São Paulo e Salvador possuirão um foco maior. Em São Paulo, pelo histórico de manifestações; em Salvador, por ser a maior cidade do Nordeste e um dos maiores colégios eleitorais de Lula.
A data do ato foi escolhida em alusão à memória dos 60 anos do Golpe Militar de 1964, que ocorreu no dia 31 de março. Porém, devido ao feriado de Páscoa, ficou decidido que o movimento será realizado uma semana antes, no dia 23 de março, respectivamente.
Entre os responsáveis pelo evento estão os movimentos ‘Frente Povo Sem Medo’ (FPSM) e ‘Frente Brasil Popular’ (FBP), que se reuniram com representantes do PT, PCdoB e PSOL, além de líderes de outros movimentos sociais para definir os detalhes da manifestação.
Por Caio Freire