Segunda-feira, 8 Julho

O ex-senador Telmário Mota foi condenado, no dia 19 de fevereiro, a cumprir 8 anos e 2 meses em regime fechado por importunação sexual contra a própria filha, crime cometido em agosto de 2022.

A sentença foi emitida pela Justiça de Roraima, que reconheceu o fato, mas desclassificou o crime de estupro e o reclassificou como importunação sexual, além de considerar, também, o crime de fornecer bebida alcoólica para adolescente, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O nome do Juiz não foi informado, pois o caso segue em sigilo.

O Ministério Público do Estado de Roraima (MP-RR) afirmou em nota que irá recorrer da decisão, pois afirma que o ex-senador deve ser condenado por estupro, conforme tipificação citada na denúncia do MP.

Nota Oficial do Ministério Público do Estado de Roraima – MP/RR

A defesa de Telmário afirmou que também irá recorrer.

ENTENDA O CASO

Telmário Mota foi preso no dia 31 de outubro de 2023 em Goiás, apontado como mandante do assassinato da mãe de sua filha, a servidora Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, morta com um tiro na cabeça em 29 de setembro do mesmo ano. O crime aconteceu três dias antes da vítima depor no processo de estupro em que Telmário era acusado do crime contra sua própria filha, fruto de sua relação com Antônia, principal testemunha do fato.

Telmário Mota, ex-senador/Antônia Araújo de Sousa, vítima

Em dezembro de 2023, o ex-senador foi transferido para Roraima onde permaneceu recluso até o dia 18 de janeiro de 2024, quando foi internado em um hospital particular para passar por tratamento após suposta cirurgia ortopédica de urgência, além de problemas cardiológicos e na próstata.

Telmário Mota estava preso no Comando de Policiamento da Capital (CPC). O CPC é um quartel da Polícia Militar de Roraima (PMRR) onde, geralmente, ficam os presos que precisam de cela especial.

Por Caio Freire

Jornalista político-investigativo com meia década de carreira.