Sexta-feira, 5 Julho

A Polícia Federal trabalha com suspeita de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria sido usada para ajudar filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro com informações que eles pudessem usar para se defenderem de investigações judiciais em tramitação na justiça.

Em nota, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que “é mentira que a Abin tenha me favorecido de alguma forma, em qualquer situação, durante meus 42 anos de vida”.

“Isso é um completo absurdo e mais uma tentativa de criar falsas narrativas para atacar o sobrenome Bolsonaro. Minha vida foi virada do avesso por quase cinco anos e nada foi encontrado, sendo a investigação arquivada pelos tribunais superiores com teses tão somente jurídicas, conforme amplamente divulgado pela grande mídia”, disse na nota. 

A Polícia Federal investiga, desde o ano passado, o uso irregular de um sistema da Abin para monitorar autoridades brasileiras, como os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Segundo informações obtidas nas investigações, o programa permitia o monitoramento de até 10 mil celulares a cada 12 meses. Nesta quinta-feira (25), endereços ligado ao deputado federal e ex-diretor-geral da agência, Alexandre Ramagem (PL-RJ), foram alvos de buscas por parte dos agentes federais.

Ramagem é um dos alvos de uma operação desta quinta-feira (25) que investiga o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da agência.  Segundo fontes ligadas à PF, os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes estão na lista de suposta espionagem.

O gabinete do parlamentar é um dos locais onde os agentes fazem buscas, além de outros endereços de outras pessoas no Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A casa e o escritório do parlamentar também foram alvos. O parlamentar deve prestar depoimento na sede da PF.

Com informações do R7.