A Comarca de Autazes passou a contar com o Centro de Referência e Apoio à Mulher (CRAM), inaugurado dia 23/11, durante a “Semana da Justiça pela Paz em Casa”, por iniciativa do Judiciário, com apoio do Executivo local. Trata-se de um espaço em que as mulheres em situação de violência são acolhidas e recebem atendimento para superar a situação que vivenciam.
Segundo a juíza Danielle Monteiro Fernandes Augusto, titular da comarca, as tratativas para a criação do centro começaram em março deste ano, com representantes da Prefeitura e do Ministério Público, e o cronograma de atividades foi cumprido para a entrega do local em novembro.
“O Centro é um sonho realizado e é importante para a cidade porque compõe rede de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica e seus filhos. É um lugar onde ela será acolhida, cuidada, tratada e encaminhada para o mercado de trabalho, tendo a certeza de que o Judiciário, o Ministério Público e os poderes Executivo e Legislativo estarão unidos para seu bem-estar”, afirmou a magistrada, acrescentando que hoje a rede de apoio de Autazes está completa.
O centro está localizado na avenida 20 de Dezembro, n.º 1226, bairro Engenho, e funciona das 7h às 13h para acompanhamento com a equipe multidisciplinar, e 24 horas através dos canais Maria da Penha.
O atendimento será feito com encaminhamento por decisão Judicial e também com encaminhamento emergencial, pela Patrulha Maria da Penha. Mas se houver a procura espontânea será realizada orientação e encaminhamento para confecção de boletim de ocorrência.
A equipe do CRAM também fará visitas domiciliares, além de acompanhamento psicológico, social e jurídico realizado por uma equipe multidisciplinar preparada para este fim. Atualmente o centro conta com coordenadora, psicólogo, assistente social e advogado, além de parcerias com toda a rede de proteção e defesa de direitos.
Segundo a equipe da Comarca, os serviços prestados (auxílio na obtenção do apoio jurídico necessário a cada caso específico; orientação sobre prevenção, apoio e assistência às mulheres em situação de violência; e articulação com outras instituições para o acesso aos programas de educação formal e não formal e os meios de inserção no mundo do trabalho) têm como objetivo influenciar e fortalecer a autonomia e empoderamento das mulheres, a fim de encerrar o ciclo de violência e torná-las protagonistas de sua própria história.
