Luciane Barbosa Farias quebrou o silêncio na tarde desta terça-feira (14). A esposa do presidiário Clemilson dos Santos, mais conhecido como “Tio Patinhas”, se defendeu das acusações veiculadas na mídia nacional, após as visitas dela feitas ao Ministério da Justiça serem reveladas pelo Estadão.
“Em resultado destas reuniões o primeiro passo foi tomado em prol aos familiares visitantes de reclusos onde as revistas vexatórias estão em votação com maioria favorável para ser derrubada!”.
Ela deu uma entrevista coletiva que foi acompanhada com exclusividade pelo Portal do Alex Braga, em Manaus. Falando a jornalistas de todo o Brasil, Luciane disse que o apelido de “dama do tráfico amazonense” é um preconceito arraigado na sociedade.
“Tenho filhas menores que estão acompanhando tudo isso. Quando se fala de forma pejorativa, se esquece do lado humano. O familiar do preso não pode ser condenado. Ele não cometeu crime. Estou lutando pelos nossos direitos, pelo que está na Constituição”.
Luciane é presidente da Associação Instituto Liberdade do Amazonas (ILA), que foi criada para lutar pelos direitos dos presos, denunciando maus tratos e desrespeito aos direitos humanos. Ela lembrou que foi recebida no MJ, assim como no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e no Tribunal de Justiça do Amazonas.
“Foi uma juíza da Vara Criminal que me orientou a criar a Associação”, revelou durante a coletiva, destacando que a ILA pode representar oficialmente os familiares dos presos e evitar a exposição desnecessárias nas ruas.
Luciane já visitou presídios ao lado de autoridades, denunciou condições precárias em presídios, tortura, espaços super lotados e negou fazer parte de facção criminosa. Ela garante que não vai parar.
