Segunda-feira, 8 Julho

O empresário Sérgio Chalub emitiu uma nota nesta sexta-feira (27), para dizer aos funcionários que trabalham para ele da Madim, que não tem como pagar os salários atrasados. E pior: ainda jogou a responsabilidade da empresa dele para a Susam, comandada pelo médico Anoar Samad, para a Sefaz, comandada por Alex Del Giglio e no Governo do Amazonas, comandado por Wilson Lima.

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A nota causou pânico nos colaboradores e deixou claro que, enquanto a pressão de Chalub para receber não der resultados, quem trabalha para a Madim não terá como pagar suas contas e receber pelos serviços já prestados.

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Chalub ainda ameaça dar calote nos encargos obrigatórios de toda empresa, transferindo toda a responsabilidade administrativa para a gestão de Wilson Lima. “Estes recursos são essenciais para cumprir com os compromissos, incluindo o pagamento dos salários de seus funcionários, encargos sociais e impostos”.

PULANDO FORA

Além de comunicar que não tem como pagar salários, Chalub afirma que está rescindindo contratos, o que, na prática pode ser uma ação para se livrar das dívidas com os colaboradores.

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“A MADIM não tem capacidade de colocar os pagamentos em dia”, diz a nota. A empresa já é alvo de ações no Ministério Público do Trabalho por falta de pagamentos aos colaboradores.

A empresa ganha milhões em contratos no Hospital Adriano Jorge, Instituto da Criança e Pronto Socorro Joãozinho. Contratos de Chalub com o Governo do Amazonas teria sido firmados por meio de documentos fraudados, como o Portal do Alex Braga já mostrou.

HISTÓRICO DE AMEAÇAS

O Portal do Alex Braga mostrou recentemente as ameaças feitas por Chalub a uma funcionária grávida que cobrou do empresário seus salários atrasados.

“Tu tá grávida é problema teu. Eu não contratei você grávida. Se você não estiver satisfeita, peça pra sair. E não ligue aqui mais atrás de pagamento, não perturbe a Larissa”, diz Chalub.

A profissional foi vítima de assédio e de deboche.

“Vá perguntar pra direção do hospital, vá perguntar pra diretora do hospital, vá perguntar para o secretário que são eles que me pagam”, finaliza.