Enquanto o Amazonas sofre as consequências sem precedentes da vazante, calor e registra até mortes da fauna silvestre por conta do clima quente, o presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, Juliano Valente, decidiu autorizar o corte das poucas árvores que ainda restam na avenida Efigênio Sales, em Manaus.
O documento ao qual o Portal do Alex Braga teve acesso mostra a autorização dada à Prefeitura de Manaus para que 53 árvores sejam cortadas no canteiro central. Juliano Valente é o mesmo que concedeu a licença ambiental para a lixeira e aterro sanitário que fica a poucos metros de uma nascente do Tarumã, que tem sido denunciado aos órgãos ambientais por destruir a natureza nativa da capital.
Leia mais: Justiça freia Marquise Ambiental em processo contra aterro sanitário em Manaus
Entre as árvores estão espécies de Caju (Anacardium occidentale), Castanhola (Terminalia catappa), Flamboyant (Delonix regiapara). Ipê-rosa (Tabebuia impetiginosa), Laranja (Citrus aurantium), Manga (Mangifera indica), Palheteira (Clitoria fairchildiana) e Pau-pretinho (Cenostigma tocantinum).
Leia mais: Lissandro Breval quer CPI para apurar aterro da Marquise
O documento justifica que as árvores vão dar lugar à passarela próxima ao Tribunal de Contas do Estado, no bairro Adrianópolis, zona Centro-Sul de Manaus. E também autoriza o corte de palmeiras das espécies Côco (Cocos nucifera) e Palmeira-imperial (Roystonea oleracea).
Dados do IBGE apontam que a capital é a terceira menos arborizada do país com apenas 23,90% de sua área arborizada.