Sábado, 29 Junho

Burocracia ou uma ‘jogada’ morosa para permanecer no cargo? Dois meses após a cassação do governador de Roraima, Antônio Denarium, o processo ainda não seguiu para a apreciação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O fato é que Denarium foi ‘convidado’ a se retirar da cadeira de governador pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), no dia 14 de agosto deste ano, após decisão que avaliou ação eleitoreira ao quintuplicar beneficiários de programa social e distribuir e 50 mil cestas básicas compradas com dinheiro público em ano de campanha eleitoral.

O governador cassado até levantou da cadeira, mas ainda não se retirou. E o que chama atenção é a morosidade com a qual está sendo tratado o trâmite que deveria conduzir Antônio Denarium para o TSE.

Na tentativa de ganhar tempo, Denarium aguardou 30 dias para o pedido de embargo da decisão. No dia 11 de setembro o TRE-RR publicou no Diário da Justiça Eletrônico os extratos protocolados. Mais de um mês desde a publicação, o processo segue ancorado à pendência do julgamento do embargo apresentado por Denarium.

O plano do governador cassado é segurar o processo para que não chegue ao TSE até o final deste ano. Enquanto isso, a decisão do TRE-RR não se cumpre e o governo de Roraima gasta mais do que arrecada, faz empréstimos milionários, além de inflar a folha de pagamento para atender aos acordos do governador.

Sete ministros aguardam Denarium no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), três deles são do Supremo Tribunal Federal (STF).

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