Quinta-feira, 11 Setembro

Sem ter como negar o que foi apreendido, o reitor da Universidade Estadual de Roraima (UERR), o reitor Regys Freitas está pedindo a anulação da operação Harpia, que apreendeu R$ 3,2 milhões e mirou o gabinete do aliado do governador Antônio Denarium.

O pedido foi feito na Vara de Entorpecentes e Organizações Criminosas da Comarca de Boa Vista. Em agosto, a PF encontrou fardos etiquetados que continham pilhas de notas de R$ 50 e R$ 100 e estavam escondidos dentro de sacos de lixo, no fundo de uma casa em Boa Vista.

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A PF também obteve informações que indicariam o saque de um possível pagamento de propinas relacionado à contratação de uma empresa de engenharia, que venceu a licitação de R$ 16 milhões de reais pela Universidade Estadual de Roraima há menos de uma semana.

Os mandados foram cumpridos na empresa e na casa do irmão de um dos sócios, onde foram localizados R$ 3.200.000,00, além de apreendidos celulares e documentos que corroborariam com a linha investigativa. Os valores estavam escondidos em sacos de lixo.

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A juíza Daniela Schirato liberou acesso aos computadores, celulares, dispositivos de bancos de dados, HDs e pen drive. Regys alega que o contrato publicado em fevereiro foi republicada no dia 11 de agosto, levando os investigadores a cometer um erro, e quem portanto, a operação deveria ser anulada.]

“Esse equívoco, que gerou a indevida impressão de que haveria indício de que o dinheiro aprendido poderia ter relação com contrato recém firmado entre a empresa a UERR , foi devidamente alertado e elucidado à Autoridade Policial , um dia antes da representação pela busca e apreensão. E, o que é mais importante, antes do decreto judicial de busca e apreensão”, cita trecho.

No pedido, feito na quarta-feira (6), o reitor pediu “a nulidade do decreto da busca e apreensão, com desentranhamento das provas obtidas”. No documento, a defesa do reitor alegou que o contrato com uma das empresas investigadas, que é do ramo de engenharia e venceu uma licitação na UERR, foi publicado em fevereiro deste ano e, por conta de um erro, a publicação de licitação foi republicada no dia 11 de agosto — uma semana antes da operação.

“Esse equívoco, que gerou a indevida impressão de que haveria indício de que o dinheiro aprendido poderia ter relação com contrato recém firmado entre a empresa a UERR , foi devidamente alertado e elucidado à Autoridade Policial , um dia antes da representação pela busca e apreensão. E, o que é mais importante, antes do decreto judicial de busca e apreensão”, cita trecho.

Operação Harpia
A primeira fase da operação foi deflagrada no dia 17 de agosto, foi quando a Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 3,2 milhões em dinheiro vivo, em Boa Vista.

No dia 31 de agosto os policiais cumpriram mais mandados de busca e apreensão em Boa Vista. O nome da operação faz referência a uma ave, Harpia, que quando caça, fica parada por horas, esperando o momento certo para atacar sua presa.