Valdan Vieira Barros, que já foi investigado por corrupção organização criminosa, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, além de ser suspeito de desviar R$ 30 milhões de reais em contratos para fornecer serviços médicos, quer recorrer da decisão da Justiça que suspendeu a atividade econômica e financeira da sua empresa VB SERVIÇOS MÉDICOS LTDA (VB Saúde), vinculada ao contrato de R$ 37,7 milhões com a Secretaria de Saúde de Roraima (Sesau), para plantões no sistema único de saúde.
Após a Sesau a cumprir a decisão e suspender o contrato, um recurso deve ser impetrado, conforme informou VB Saúde à imprensa, que nega ter em seu quadro de sócios vínculo com demandas judiciais. A empresa está contestando a Justiça, que utilizou de provas e documentos que comprovam a atuação de Valdan Viera Barros na VB Saúde e com isso constituiu a decisão de suspender a atividade econômica da empresa.
Valdan é procurador de várias empresas pelo estado que possuem contratos com a Sesau na terceirização de serviços. Além de assinar como procurador pela VB Saúde, ele também atua em pelo menos mais quatro empresas em Roraima.
Em 2020, o Ministério Público de Roraima (MP-RR) denunciou oito pessoas, dentre elas, Valdan Viera, por suspeita de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro. O grupo é suspeito de desviar R$ 30 milhões durante anos de contratos para fornecer serviços médicos. À época, Valdan era gerente da Coopebrás, empresa investigada.
Apesar da VB Saúde contestar a decisão da Justiça, o que chama atenção é que Valdan é sócio-administrador de outra empresa, a VB CONSULTORIA E GESTÃO EMPRESARIAL LTDA, o que sugere que a VB SERVIÇOS MÉDICOS LTDA também pertence ao procurador, já que o uso das iniciais ‘VB’, evidenciam a propriedade das empresas.
Valdan quer voltar a faturar na Sesau com a VB Saúde, empresa criada há apenas dois anos com um capital social de R$ 3 mil reais e que precisa abocanhar um contrato milionário.
Quem abriria mão de de receber o valor mensal estimado de R$ 3.147.889,52? São R$ 37,7 milhões anual no bolso do procurador e aliados.