Quinta-feira, 11 Setembro

O presidente Lula (PT) não esquece a Lava Jato e, nesta sexta-feira (25), em Luanda, Angola, reclamou do que ele chama de injustiça. “A Lava Jato, que tentou me perseguir, me deu um atestado de pobreza. Ficou futucando minha vida, meu telefone, minha conta bancária, dos meus cinco filhos, invadiu minha casa, foi para a Suíça, foi para o Departamento de Justiça dos EUA e não encontraram um dólar”, reclamou ao fim do discurso de encerramento de um fórum empresarial.

Preocupado com a imagem que a prisão fez no exterior, ele seguiu. “Mas não tiveram coragem de reconhecer, porque já tinham mentido muito para a sociedade brasileira”, seguiu Lula. “Eu sei que aqui em Angola vocês liam a revista Veja, viam a TV brasileira. A desgraça de uma grande mentira é que você passa o resto da vida contando ela para justificar a própria mentira”, concluiu ele.

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Lula ficou 580 dias preso, entre abril de 2018 e novembro de 2019. Ele foi condenado em primeira instância em 2017, pelo então juiz Sergio Moro, e teve a sentença confirmada pelo TRF-2, mas em março de 2021, o ministro Edson Fachin aceitou os argumentos da defesa do petista e considerou que Lula não deveria ter sido julgado pela Justiça Federal de Curitiba.

O processo foi anulado e Moro foi considerado parcial.