Segunda-feira, 8 Julho

A secretária de saúde de Roraima, Cecília Lorenzon, foi denunciada na Polícia Civil por humilhar, assediar e constranger uma funcionária. Na época, Cecília atuava como diretora-presidente da Companhia Energética de Roraima (CEER).

No dia 25 de maio de 2021 por volta das 22h, a vítima foi até a sede do 1ª Distrito Policial, em Boa Vista, para oficializar o Boletim de Ocorrência (BO) contra a secretária de saúde.

De acordo com o depoimento, a assistente administrativa contou como aconteceu a situação, onde inclusive, foi ameaçada de perder o emprego. “No dia 19 de março de 2021, declaro que fui humilhada, constrangida, assediada moralmente e ameaçada e com a perda do emprego em meu local de trabalho na Companhia Energética de Roraima (CERR) pela diretora-presidente Cecília Smith Lorenzon”.

Segundo a vítima, Cecília entrou na sala da funcionária, na Secretaria Geral e solicitou que o funcionário, que não terá o nome revelado, se retirasse da sala. A diretora-presidente, iniciou as ameaças.

“Foi então que começaram os gritos e agressões moralmente, em função de outra funcionária efetiva (nome ocultado) que estava me orientado no site da Junta Comercial para enviar uma ata de reunião para arquivamento, questionando a quanto tempo eu trabalhava na empresa e porque não fazia esse tipo de serviço sozinha. Falei que o serviço era atribuição da secretaria geral atual e que eu não fazia esse tipo de trabalho sozinha. A diretora disse que eu estava na berlinda há muito tempo, que a vontade da mesma era me exonerar do cargo, porém não havia feito porque outras pessoas intercederam por mim e que só permitiu, porque eu teria um financiamento de uma casinha velha e só não me deixava desempregada para as pessoas não comentarem que ela era ruim”, consta.

Ainda durante o depoimento, a vítima questionou porque está sofrendo tanta perseguição de Cecília. “Eu questionei porque tanta perseguição comigo, pois eu executava as minhas atividades com eficiência, visto que o arquivamento da ata é um trabalho da secretária chefe e não da assistente administrativa. A diretora sempre aos gritos e apontando o dedo para mim disse que não queria a servidora na sala da secretaria geral, porque já havia afastado a (nome ocultado) da função, embora a secretária geral titular autorizou a entrada da secretária geral destituída para dar celeridade aos trabalhos”, explicou.

Assustada com a situação de descontrole, a funcionária se sentindo humilhada, começou a chorar. “Eu não entendi o motivo de tanto estardalhaço, visto que a anterior secretária geral é funcionária da casa há 14 anos e ter estado à frente da Secretaria Geral há 7 anos, e também ia ajudar no desenvolvimento das atividades do setor quando era solicitada pela atual secretária geral”, disse.

Cecília não humilhou apenas uma funcionária na CEER. “Para finalizar, a diretora disse que eu estava na mira dela e chamou a sua chefe de gabinete (nome ocultado) e disse “ajude essa menina”, logo em seguida a diretora se retirou, nesse momento o assessor de informática (nome ocultado) adentrou na sala e me viu aos prantos, totalmente humilhada e descompensada pelo constrangimento que passei, pois essa não foi a primeira vez que fui humilhada e ameaçada pela mesma. Jamais fui tratada como lixo por outra pessoa no ambiente de trabalho onde trabalho há 13 anos. Na sequência, a diretora voltou e mandou que eu parasse de chorar e fosse embora”, finalizou o depoimento.

Veja o documento: